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Billy Graham

 

Billy Graham foi um dos evangelistas mais influentes do século XX, conhecido por sua abordagem ecumênica e pregações focadas no evangelismo de massas. Sua linha teológica pode ser caracterizada como pertencente ao evangelicalismo conservador, com influências do fundamentalismo cristão no início de sua carreira, embora ele tenha se distanciado de algumas das posições mais rígidas desse movimento ao longo do tempo.

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Dentro do espectro teológico evangélico, as principais características da teologia de Billy Graham incluem:

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  1. Biblicismo: Graham tinha uma alta visão da Bíblia, considerando-a inspirada e autoritativa para a fé e a prática cristã.  

  2. Cruz-centrismo: Ele enfatizava a morte e ressurreição de Jesus Cristo como o meio central de salvação e redenção para a humanidade.

  3. Conversão: A necessidade da conversão individual era um ponto-chave em suas mensagens, insistindo que as pessoas precisam tomar uma decisão consciente para aceitar Jesus Cristo como seu Salvador pessoal.

  4. Evangelismo: Ele acreditava na importância da pregação do Evangelho e na missão dos cristãos de compartilhar sua fé com outras pessoas, sendo um dos pioneiros do evangelismo de massas através de suas cruzadas evangelísticas.

  5. Ecumenismo: Graham era conhecido por sua capacidade de colaborar com diferentes denominações cristãs. Ele trabalhou para unir cristãos de várias tradições em torno do evangelismo e do trabalho missionário.

John Stott

 

John Stott foi um proeminente líder anglicano e um dos principais arquitetos do movimento evangélico global no século XX. A sua teologia reflete um equilíbrio entre a ortodoxia evangélica e uma abordagem intelectual e refletida à fé cristã. Ele é amplamente reconhecido por sua ênfase na pregação expositiva, na autoridade bíblica, na cruz de Cristo e na transformação social. Aqui estão alguns dos principais aspectos da sua linha teológica:

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  1. Autoridade Bíblica: Stott tinha uma visão elevada da Bíblia, acreditando que ela é a palavra de Deus e tem autoridade final em todas as questões de fé e conduta. Ele também enfatizava a necessidade de interpretar a Bíblia de forma responsável, usando uma abordagem exegética cuidadosa.

  2. Cristocentrismo: A obra de Cristo na cruz foi central para a teologia de Stott. Ele escreveu extensivamente sobre a crucificação, vendo-a como o coração do evangelho e a base para a salvação.

  3. Conversão e Discipulado: Ele ensinava que a conversão genuína deve levar a uma vida de discipulado e obediência a Cristo. Stott enfatizava a importância do crescimento espiritual e do desenvolvimento de um caráter cristão.

  4. Engajamento Social: Ao contrário de algumas correntes evangélicas que podem enfatizar a salvação individual em detrimento do engajamento social, Stott defendia que os cristãos devem se envolver ativamente em questões sociais e de justiça.

  5. Equilíbrio e Diálogo: Stott era conhecido por sua abordagem equilibrada, procurando manter a unidade entre os cristãos e promover o diálogo entre diferentes tradições evangélicas e até mesmo com outras religiões.

  6. Missão Integral: Ele foi um dos principais defensores da "missão integral", um conceito que une a evangelização e a responsabilidade social, argumentando que ambas são aspectos essenciais da missão da Igreja no mundo.

O legado de John Stott é marcado pela sua capacidade de articular uma fé evangélica profunda e ponderada que se recusa a sacrificar a integridade intelectual no altar da relevância cultural ou da tradição religiosa. Suas obras, como "A Cruz de Cristo" e "Crer é Também Pensar", continuam a influenciar o pensamento e a prática evangélica contemporâneos.

Karl Barth (1886-1968)
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Karl Barth (1886-1968) foi um dos teólogos mais influentes do século XX, cujo trabalho teve um impacto profundo na teologia cristã contemporânea. Nascido em Basel, Suíça, em uma família de teólogos, Barth seguiu os passos de sua família ao estudar teologia. Ele inicialmente foi influenciado pelo liberalismo teológico, que era dominante na época, mas sua perspectiva mudou radicalmente com o advento da Primeira Guerra Mundial e a subsequente crise da fé que ela provocou.

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Linha Teológica
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Barth é mais conhecido por sua rejeição ao liberalismo teológico e pelo desenvolvimento da teologia dialética, também conhecida como "Teologia da Crise". Ele argumentava que Deus é completamente transcendente, conhecido apenas através da revelação em Jesus Cristo. Para Barth, a Bíblia não era simplesmente um registro histórico ou um conjunto de ensinamentos morais, mas sim a Palavra de Deus, viva e ativa, através da qual Deus se revela ao ser humano. Ele enfatizou a soberania de Deus, a depravação humana, e a necessidade da graça divina para a salvação. Barth foi um crítico vocal do nacionalismo e do uso da religião para fins políticos, especialmente evidente em sua oposição ao nazismo na Alemanha.

 
Contribuições ao Pensamento Teológico

 

A principal contribuição de Barth ao pensamento teológico foi sua obra massiva, a "Igreja Dogmática" ("Kirchliche Dogmatik"), uma extensa exposição teológica que permaneceu inacabada em sua morte. Neste trabalho, Barth explorou praticamente todos os aspectos da doutrina cristã, sempre enfatizando a primazia de Cristo como a revelação definitiva de Deus. Sua abordagem era tanto bíblica quanto sistemática, buscando sempre articular a fé cristã em diálogo com as questões contemporâneas.

Livros Escritos
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Além da "Igreja Dogmática", Barth escreveu vários outros livros e ensaios que foram influentes. Alguns destes incluem:

  1. "Comentário à Epístola aos Romanos" ("Der Römerbrief") - A obra que o catapultou à fama, oferecendo uma interpretação radicalmente nova da carta de Paulo aos Romanos e marcando sua ruptura com o liberalismo teológico.

  2. "Homilética" - Um trabalho que reflete sobre a pregação como um ato de falar de Deus para o povo.

  3. "Ética da Teologia" - Explora a relação entre a fé e a moralidade.

  4. "Cartas a um Amigo" - Uma coletânea de cartas que oferecem insights sobre sua vida pessoal e pensamento teológico.

Legado
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O legado de Karl Barth é monumental, influenciando uma vasta gama de teólogos posteriores, de diversas tradições cristãs. Sua ênfase na revelação divina e na soberania de Deus como o centro da teologia cristã ajudou a moldar o curso da teologia no século XX. Ele é frequentemente citado por sua afirmação de que a teologia deve ser feita "com a Bíblia numa mão e o jornal na outra", refletindo sua crença na relevância contínua da mensagem cristã para o mundo contemporâneo.

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